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sábado, 23 de abril de 2011

O véu que esconde muito mais.



Caía o véu da moça naturalizadaa européia, levantava-se a simbologia do homem crucificado.Do catolicismo , historicamente europeu.Seria um tipo ou um pouco de catequização moderna? Por quê um crucifixo pode estar em uma parede escolar e uma moça, que usa o véu ou burca não pode frequentar o ambiente estudantil? Leis, normas e regras preenchiam o buraco feito por repugnantes governantes disfarçados de democratas.

O problema não se limitava a uma religião ou a um culto, perpetuados por mulçumanos naturalizados franceses. Na verdade estes e francesas de culto islão , as quais muitas trabalham, estudam, levam a vida como bem quererm. Além de se consideraem livres, essas mulheres usam o véu e vestimantas mulçumanas por livre espontânea vontade. A essência do problema não está em usar burca, véu o coisa e tal, e sim na afronta que é para essas mulheres, mais prejudicadas por essas normas francesas, retirarem o símbolo de uma religião que é do berço de cada mulçumano. É como obrigar mulheres ocidentais a usar o véu.Não é o hábito de ambas, as de cultura ocidentail e oriental.

Existem mulheres, como da Turquia oriental, do norte da África e na França, que são obrigadas por famílias e maridos a seguir à risca normas e regras que distanciam esse mulherio da independência econômica , emocional ou doméstica. Muitas até suicidam-se, por serem obrigadas a seguir fanaticamente a religião. Como retratado na obra literária, Neve, de Ohan Pamuk. Há as que são religiosas e independentes. São tratadas de igual pra igual de uma forma em que os direitos do homem são os mesmos que os das mulheres, sem um culto ortodoxo, como passado por demais mídias, norte americanizadas e preconceituosas.Não há um só lado. Muitas mulheres de religião islâmica, defendem o uso do véu e a liberdade de escolha religiosa de cada francês.Que país laico é esse, em que religiões ou a proibição destas são impostas? Que democracia é essa em que a própria população não possui voz mesmo em manifestações ?

A discussão está refletida  em um problema de democracia. Marginalizaram os mulçumanos afrancesados e os culparam pela superlotação imigrante. É muito mais fácil acomodar-se a normas e votações de leis do que construir um programa para imigrantes que sequer têm acesso a serviços e regulamentações de documentos. Muitos são africanos, indianos que desejam sair de seus continentes para oferecer à suas famílias uma vida de melhor qualidade. A França, com a criação de projetos para imigrantes, poderia criar mais empregos, estimular a economia e aumentar a produção de empresas estatais. Sairiam ganhando os imigrantes e o país , governado por um homem que suja cada vez mais sua nação com corrupção.

O que se deve defender é o direito de qualquer pessoa a seguir a vida, uma religião, um culto como bem quer. No caso da França, isso está estampado na constituição, de um país que se diz laico. Sendo assim todos os símbolos de qualquer religião então, como igrejas, mesquitas, sinagogas, templos budistas e terrenos de umbanda, dentre outros espaços segregados para determinados cultos, terão de ser destruídos. A França ( governo) se acha revolucionária o suficiente para passar por cima de direitos civis? Essas regras vêm para mascarar problemas, como os de outros imigrantes ( além de mulçumanos) como o desemprego, que cresce cada vez mais e uma economia que está se desequilibrando potencialmente.

O país que Sarkozy diz governar está recheado de imigrantes ilegais que em sua maioria passam por dificuldades. Os do centro e sul africano são os mais prejudicados pela piora de serviços básicos . Proibições como, primeiramente o acesso de imigrantes ao país e agora o uso do véu e vestimentas por mulçumanas e mulçumanos,só desbancam a democracia francesa e mostram como a liberdade de cada um está longe de ser alcançada. Cada um deve se vestir e ter o culto que quiser.

Os mulçumanos afrancesados, criticados pelo governo francês, não fazem alusão a terrorismo algum, o que foi uma das justificativas de um presidente imperialista e xenófobo. Justamente.Se há uma moça com vestimentas mulçumanas estudando , há alguma ortodoxia,se ironicmanete famílias e maridos mais rígidos quanto ao islão não permitem que suas filhas e mulheres estudem? Não.Não há ortodoxia, há o culto de cada um que deve ser respeitado, seja ela qual for, cada uma com sua beleza, com seus problemas e suas qualidades.Que fique claro o meu repúdio quanto a qualquer tipo de fanatismo e violência religiosa dentro de famílias , sociedades e entre culturas.

Mouni Dadoun.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Quando me perguntam sobre uma paixão única, original e verdadeira, não respondo  pessoas, homens. idades ou estações. Respondo que minha paixão única, pelo menos até o momento pois é disso que vivemos, é a dança, seus compassos ritmos , até suas pausas. Digo que sou casada com a música , com a letra, com meus pés e suas poesias, com o movimento de mãos, olhos , corpo e cabeça.Com cada intensidade de movimento, reação à música.Digo que meu amor é incondicional e unicamente direcionado à dança.

à Nathália, uma das únicas que entende o que sinto .

Mouni Celina.