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segunda-feira, 2 de maio de 2011

O contrário, o avesso, um simples paradoxo.

Ao passo que me entrego ao sonho, ao homem, à arte e ao desejo, exponho-me à vontade de ser livre, de subir a picos e às vezes, com receio digo isso, me sinto à vontade ao estar só, me sentio livre como o vento, como um movimento de dança ou como uma mão flamenca. Livre como palavras em poesias, como nuvens ao céu. Talvez o medo do apego, o medo da mudança e da perda seja maior que o medo da solidão.

Amanhã.

Amanhã é meu aniversário. Amanhã completo 21 primaveras, 21 outonos. Todos passados em perfeita saúde, perfeita família e em perfeitas amizades. O que não faltou foi amor pra preencher cada buraquinho do coração. Pode até parecer egocêntrico, mas escrevo este texto para mim. É uma espécie de balanço vital. Para ver se eu perdi ou ganhei vidas e o quão eu soube aproveitá-las. O que não faltou foi música boa como trilha, dança para alegrar, entristecer ou mostrar raiva, letra pra construir uma história que pode não tem importância alguma para outros, mas é a minha história. Passei meus aniversários e os comemorei em cada encontro com amigos, em cada momento que só e pensando sobre o mundo, estive sentada à janela; vendo episódios de os Normais sozinha, jantando com mãe e pai, lendo poema,romance ou tragédia, cantarolando sambas e canções de Dona Celina ( minha avó), esta a quem homenageio boa parte de minha vida. Então, não é uma festa ao ano que vai concentrar todo um sentimento que tem que ser vivido a cada momento.