.

.
.

domingo, 27 de março de 2011

De maneira diferente, a história se repete.


O confronto na Líbia está recebendo intromissões de algumas nações como EUA, França e Canadá, que explicam essas “ invasões”com justificativas humanitárias. Todos, inclusive estes países, sabem que o interior disso tudo, o verdadeiro motivo dessas intromissões, está ligado ao poder econômico. O medo destas nações em relação às conseqüências deste conflito, digo em relação à economia, ao petróleo e ao que vai acontecer com ele, faz com que a Líbia e outros possíveis países sejam palcos de ações invasoras. Obama diz ser diferente de Bush, diz não querer invadir países árabes nem causar conflitos entre eles.Diz também que não quer cometer os mesmos erros do ex-presidente norte americano. Mas será que essas intromissões na Líbia, país pouco apoiado por regimes árabes, pouco conhecido pelo ocidente e com um dos maiores índices de desenvolvimento humano nada têm a ver com a ambição pelo petróleo?

Parece que a situação, como cenário iraquiano se repete. Mas agora, o alvo, o país é correto para invasões, o que contraria a opção tomada por Bush, o Iraque. O mais intrigante é que a população da Líbia não se rebela por questões econômicas, já que o país é bem resolvido quanto a isso. Os EUA e outras nações poderão ou não ter dificuldades caso realmente consiga tomar a Líbia, já que há facções e grupos rebeldes, além do país ser estruturado e ter condições para renunciar à dominação norte-americana, o que não aconteceu no Iraque. Não digo aqui de forma alguma que sou a favor de Kadafi, mas sim de um governo democrático, mesmo parecendo utópico ter um governo deste caráter em um país religioso e ortodoxo. Os governantes deste "futuro governo"deveriam ou devem ser da própria nação, Líbia. Espero que não sejam ditadores ocidentais nem orientais, se é que me entendem.

Mouni Dadoun.

Repensar.



 O momento que estamos vivendo está dividido entre questões dignas de análise. O terrível e desastroso acidente ocorrido no Japão e suas conseqüências como mortes, doenças e perdas (humanas e materiais) são fatos chocantes e que a maioria de nós, nunca imaginou acontecer. O terremoto deixou de ser o foco do acidente e a conseqüência deste e do tsunami e o vazamento radioativo devido ao aquecimento e explosão dos reatores da usina nuclear de Fukushima, passaram a ser mais focados, já que deixaram parte do Japão destruída e alimentos pessoas e água contamninados pela radiação

Infelizmente esta contaminação não pôde nem pode ser protegida com vacinas, remédios, como em países afetados por guerras ou terremotos. No caso do Japão o que fazer é tentar controlar o vazamento de radiação, que parece mais difícil devido às rachaduras dos reservatórios de água para resfriamentos (as rachaduras provêm do terremoto). A preocupação de outros países e do próprio governo japonês está voltada para o lado econômico da situação. Claro que este setor é de muita importância, mas as famílias, pessoas mortas pelo terremoto e contaminação por radiação ( e as que ainda estão sendo contaminadas) merecem respeito, reflexão. Existe muita possibilidade da maioria destas pessoas, afetadas pela contaminação de radiação, desenvolver tipos de cânceres, ficarem extremamente afetadas, desenvolvendo problemas sérios no corpo humano.

É necessário que haja uma reflexão do governo japonês quanto à continuidade de investimentos em energia nuclear, suas conseqüências e os cuidados que devem ser tomados para problemas como estes não acontecerem. Especialistas problematizaram a o projeto da usina, sua estrutura e resistência à estes acidentes, ou seja, talvez esta tragédia, não o tsunami nem o terremoto, mas a explosão dos reatores da usina nuclear e o vazamento de radiação que assola parte do Japão, poderiam ter sido evitados.

É uma situação diferente. o Japão tem condições de reestruturar o país, sua economia e infra-estrutura, mas os efeitos da radiação sobre lençóis freáticos e alimentos, os efeitos da radioatividade sobre crianças, sempre mais susceptíveis à estas conseqüências de tragédias, sobre a população em si, são duráveis e estarão em continuidade durante anos, já que se trata de radiação. Infelizmente não há tratamento dos efeitos que a radiação pode fazer no corpo humano, na vegetação, na natureza e no ambiente em si.


Mouni Celina.









segunda-feira, 14 de março de 2011

Sempre que há algo de errado, que aflige meu peito, minha alma e que me impede de sentir alegria, natural de meu ser, subo a janela do meu quarto, no pára-peito. Penso que àquele é o lugar mais alto e mais isolado  do mundo. Penso que aquele canto está protegido de gente, de pessoas, de passos intrometidos.Quando sento-me ,imagino estar próximo a montanhas, únicas testemunhas de eternos e enormes pensamentos sobre uniões, paixões, brigas, temores e dúvidas.

 Pode até parecer bobo.Sento-me ali algumas vezes por conta de meu pai. Mal sabe ele que foi ele quem me ensinou a ficar na janela, a olhar vento à fora, à procura de respostas, de monólogos ou à procura de paz mesmo.Quando se aborrecia, o homem sentava-se lá também e por horas passava, até se acalmar.Como ele, sou amante do vento, do céu. Céu pra mim, é sentido de liberdade, de imensidão. É aquele que abriga o calor, a luz.Tudo o que um ser humano precisa.



terça-feira, 8 de março de 2011

Minha existência dignifica-se no instante, no compasso, na letra e na dança. Sou completa com notas musicais soltas, passos de dança, de cisne, de dor. Meus olhos são totalmente preenchidos quando vejo a junção de letra, papel, de dança, de música e corpo em movimento.Tudo pelo sentimento. Dance, ponha no ar e no chão a mesma expressão que podemos colocar no papel, na música, no palco.