.

.
.

domingo, 11 de março de 2012

Nômade.


Acompanhada de si mesma, tentou se mudar. Mudar de casa, pele, corpo e com muita prepotência, até de alma. Parecia cansada da mesmice, de eternos gritos internos, denúncias silenciosas e desabafos complexos. Bagunçava tudo na esperança de se obter alguma mudança. Com ímpeto, a cada dia que passa tenta se restabelecer, encaixar em seu próprio eixo de equilíbrio, que pouco conhecia. Tentava ao passo de sua dança, fixar olhares sóbrios e melancólicos, mas graciosos, que ainda guardavam uma brisa de alegria, com o  pouco de sorriso que a dor deixou. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário