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domingo, 21 de novembro de 2010

Já não sorria com tanta naturalidade ou espontaneidade, como sorria anos arás. Desvinculou-se, um pouco na verdade, dos mais crédulos da ilusão, do irreal. Carrega hoje versos reais e tristes de sofridos poetas que mal podemos definir, de tão bons no que fazem e no efeito que já causaram.

Queimou aquela ridícula esperança e tirou uma parte do brilho de meus olhos que, sempre alertas, esperavam algo de novo, algo surpreendente. Mas aí, eram os mesmo ares, mesmos livros,mesmos dias, mesmas idéias. Mesmas estações, nada de sazonal. O espírito mantinha-se livre, mas para quê essa liberdade? Se não podia usufruir dela? Iria se manter em um cotidiano estagnado, igual e sem nenhum receio lúdico de mudança.

Trago tanta covardia em minhas entranhas que nem a primeira pessoa costumo usar em meus textos. Não uso subjetividade, ou contexto impessoal. É covardia mesmo, sabe.

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