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terça-feira, 1 de junho de 2010


Em honra aos mortos e prisioneiros da ilha da ilusão, perco-me também agindo e voando por mundos e fundos em um naufrágio ocorrido. Os que preferem a liberdade da ilha do real, deixo-lhes a escolha e, inchados de sabedoria optarão pela mais nua e estúpida verdade. Ou aqueles que preferem viver caindo de sonho em sonho sem linhas, métrica, dimensão ou padrão, desses que a realidade impõe.

Os livres da ilha do real são os economistas brancos que de tão pálidos quanto a crises pedem tranqüilidade a sociedade ,são políticos se engalfinhando por poder, são os guias religiosos que optam pelo brutal e ridículo preceito de salvação. Os ilhados prisioneiros da ilusão são os inventores da água nova ,brotando. São mulheres que insistem em criar seus filhos, são crianças que insistem em sorrir.Aqueles que possuem a fineza e firmeza de desinventar a tristeza e plantar a flor ,que ainda não foi copiada, no asfalto.

Aqueles que ainda tentam plantar a música nas terras inférteis, marcar a letra no papel e estancar o sangue da moça ferida, ganham a cidadania dos iludidos. Os que adquirem amor próprio suficiente para se aprisionar no mundo da ilusão para não serem dominados e pseudo livres no realismo, em mínimo detalhes. Apegam-se a plantas e animais .Não acreditam mais nas pessoas , muito menos nas crianças com seus comentários, ao mesmo tempo , maldosos e inocentes.O que parece é isso mesmo.Banalizaram o ser – humano e o amor próprio não apenas do ser , mas da espécie humana.

Mouni Dadoun.

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